Presidente Augusto Melo enfrenta processo de impeachment no Corinthians; reunião acontecerá em 28 de novembro. Saiba os detalhes sobre as investigações e os próximos passos.
Reunião decisiva no Parque São Jorge: impeachment de Augusto Melo em pauta
O Conselho Deliberativo do Corinthians convocou uma reunião extraordinária para o dia 28 de novembro, às 18h, no Parque São Jorge. O objetivo é deliberar sobre o impeachment do presidente Augusto Melo, que está sendo investigado em um processo relacionado ao contrato de patrocínio com a empresa VaideBet.
O pedido de destituição ocorre em meio a apurações conduzidas pela Comissão de Ética do clube e pela Polícia Civil. O contrato firmado com a VaideBet, que ocupa o espaço de patrocinador máster do time, está sob suspeita de irregularidades.
Entenda o processo e os envolvidos
Além de Augusto Melo, outros nomes importantes da gestão atual e anterior do Corinthians estão sob investigação:
- Armando Mendonça: Segundo vice-presidente.
- Fernando Perino: Ex-membro do departamento jurídico.
- Marcelo Mariano: Diretor administrativo.
- Rozallah Santoro: Ex-diretor financeiro.
- Rubens Gomes: Ex-diretor de futebol.
- Yun Ki Lee: Ex-diretor jurídico.
Embora as investigações ainda estejam em andamento, a decisão de levar o impeachment à votação foi tomada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr.. A Comissão de Ética sugeriu inicialmente que o processo fosse suspenso até a conclusão do inquérito policial, mas essa recomendação não foi seguida.
Como funciona o processo de impeachment no Corinthians
O impeachment no Corinthians envolve duas etapas principais:
- Votação no Conselho Deliberativo: Para aprovação, é necessária maioria simples dos votos.
- Assembleia Geral dos Sócios: Caso aprovado no Conselho, o afastamento temporário do presidente ocorre até que os associados decidam pelo afastamento definitivo.
Este cenário reflete não apenas um embate jurídico, mas também político, dado o impacto dessa decisão para o futuro do clube.
Nota oficial e próximos passos
Em nota, Augusto Melo destacou sua confiança na Justiça e no esclarecimento dos fatos. Ele ressaltou a importância de respeitar o curso das investigações para evitar julgamentos precipitados.
A decisão tomada em 28 de novembro será crucial para determinar o rumo da administração do Corinthians até o fim do mandato de Augusto Melo, que se estende até dezembro de 2026.
O presidente Augusto Melo se pronunciou sobre o ocorrido em nota:
Comunicado à Fiel Torcida:
Recebi com indignação a convocação realizada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Sport Club Corinthians Paulista para votar o processo de impeachment contra mim. É de conhecimento público que o entendimento da Comissão de Ética foi de que o processo deve ser suspenso até a conclusão da apuração dos fatos envolvendo o caso Vai de Bet na Polícia Civil.
Destaque-se ainda que o processo de impeachment conturba o ambiente em reta final do Campeonato Brasileiro e compromete completamente o planejamento para o ano de 2025, trazendo danos irreparáveis para a instituição Corinthians.
Não admitirei que cassem o meu mandado sem que tenha sido garantido o meu direito de defesa. Tenho a certeza que a verdade prevalecerá e que todos aqueles que querem impedir a profissionalização do Corinthians serão derrotados.
Essa situação é um desrespeito e um afronto à Instituição, onde um presidente ser impeachmado sem a chance de defesa. É a prova da falta de DEMOCRACIA, que nós CORINTHIANOS defendemos.
Ressalto aqui que a condenação sem provas é considerada GOLPE e todos aqueles que pensam em tomar o poder sem o voto direto dos associados serão cúmplices disso.
Augusto Melo
Veja abaixo a nota de Romeu Tuma Jr. sobre a convocação para a votação do impeachment de Augusto Melo no Corinthians:
Em conformidade com o Estatuto do Sport Club Corinthians Paulista, compete a mim como Presidente do Conselho Deliberativo, sem qualquer outra alternativa cabível, a convocação de Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo, a fim de que seja votado o pedido de destituição do Presidente da Diretoria Executiva encaminhado por mais de 80 Conselheiros e acolhido e processado pela Comissão de Ética e Disciplina do colegiado, tudo como mandam as leis em vigor.
Ainda nesse período em que se buscou o entendimento destes temas, listaram-se diligências policiais estaduais e federais de teor gravíssimo, que ganharam notoriedade em diversos veículos da imprensa e demandaram maior grau de preocupação de nossa parte, não sendo possível ignorar a urgência dos fatos, conforme precedente observado em situações anteriores.
Os fatos nos demandam, como poder de fiscalização do Clube, que atuemos com ciência das consequências previstas no artigo 24 da Lei do Profut, em seus três primeiros parágrafos, além do nosso Estatuto e da LGE, as quais não nos permitem não encaminhar o pedido às considerações dos órgãos competentes do Clube, sob o risco de sermos implicados por negligência ou conivência.
Lembro que tão logo recebi o parecer da Comissão de Ética para julgamento do processo, manifestei-me publicamente que não tocaríamos nesse assunto, até que o time pudesse se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o que de fato ocorreu. Da mesma maneira foi feito em relação a diversos procedimentos investigatórios que o Conselho tem conduzido sempre em sigilo, preservando a instituição.
Por isso, pela tranquilidade da gestão e por obrigação estatuária e legal, é nosso dever decidir de uma vez por todas essa questão posta de forma regular e regimental.
O Corinthians merece paz!
Atenciosamente,
Romeu Tuma Junior
Presidente do Conselho Deliberativo do SCCP
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